Duzentos e sessenta e um jovens, entre nos 18 e os 24 anos, morreram em acidentes de viação, em Portugal Continental, no período de 2010 a 2012, disse hoje a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR).
Segundo a ANSR, o risco de morte, em acidentes de viação, de jovens entre os 18 e os 24 anos, nos três anos em análise, foi cerca de “30% superior ao da restante população”, ainda assim inferior a valores médios da União Europeia (UE).
A ANSR refere que, na UE, os jovens têm um risco de morte de quase o dobro da média da população dos respetivos países, mas que Portugal, a par da Hungria, registou em 2010 a menor taxa de risco relativa a casos de morte de jovens na União.
Quanto a jovens com ferimentos graves resultantes de acidentes de viação em Portugal Continental, entre 2010 e 2012, o total foi de 1.038, enquanto, com ferimentos ligeiros, se registaram 18.356.
Segundo a ANSR, os condutores constituem 60% dos jovens mortos e feridos graves, ao passo que os passageiros correspondem apenas a 33% dessas vítimas. Os peões constituem sete por cento das vítimas mortais e dos feridos graves.
Cerca de 61% dos condutores jovens mortos e dos feridos graves circulam em automóveis ligeiros, e 34 por cento, em veículos motorizados de duas rodas.
No que respeita à localização, resultam de acidentes em arruamentos urbanos, 42% dos condutores mortos e dos feridos graves, com idades compreendidas entre os 18 e os 24 anos, e 32%, de acidentes em estradas nacionais.
Em relação aos dias em que ocorrem os acidentes, sábado e domingo registam 40% dos condutores mortos ou com feridos graves, com idades entre os 18 e os 24 anos, enquanto os restantes grupos etários apresentam, para estes dias, uma proporção de 34%.
Os despistes são os acidentes mais frequentes na sinistralidade rodoviária jovem, sendo responsável por metade dos mortos e feridos graves. Nas outras faixas etárias, essa percentagem é de 45%.
Nos três anos correspondentes aos dados do estudo da ANSR (2010, 2011 e 2012), o risco de morte dos jovens entre os 18 e os 24 anos, resultante de acidentes de viação, foi de 30%.
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