A criação de um balcão de apoio ao estrangeiro e de um programa de aulas de português são algumas das medidas que a Câmara Municipal de Oliveira do Hospital está a ponderar, no sentido de proporcionar uma melhor integração da comunidade estrangeira naquilo que é o dia a dia do concelho.
Para o efeito, o executivo decidiu proceder à inventariação dos estrangeiros que adotaram Oliveira do Hospital para residir. Um trabalho que está a ser desenvolvido em parceria com as juntas de freguesia, que melhor conhecimento têm dos grupos de estrangeiros que, nos últimos anos, se foram radicando no concelho.
“Queremos reforçar a sua integração na comunidade e fazer com que se sintam oliveirenses”, explicou o vereador do Turismo na Câmara Municipal de Oliveira do Hospital, certo de que pela presença dos estrangeiros, na maioria holandeses e belgas, o concelho tem recebido a visita de muitos turistas oriundos daqueles países.
Números relativos aos visitantes que, em 2012, passaram pelo posto de turismo localizado na cidade, dão conta de um total de 13.693 visitantes – menos 586 do que em 2011 – , dos quais perto de três mil eram estrangeiros. Agosto e março foram os meses em que Oliveira do Hospital acolheu mais turistas portugueses, sendo que os estrangeiros afluíram em maior número em março e julho, com José Francisco Rolo a associar os números de março com a realização da Feira do Queijo. “Não encontro outra razão que não seja a Feira do Queijo, por ser um certame polarizador”, referiu o vice-presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital.
A presença dos estrangeiros no concelho é do agrado daquele responsável que, pelas características que apresentam – “população muito qualificada e com poder de compra”, registou – é considerada uma mais valia. “São eles que animam a construção civil ao nível da construção e reconstrução dos edifícios”, afirmou, destacando igualmente projetos turísticos de elevada qualidade, promovidos por estrangeiros, e que são unidades de referência no concelho.
Tendo em conta as ligações com o exterior, o vereador do PSD na Câmara Municipal destacou a possibilidade de se “aproveitar” a comunidade estrangeira para “difundir e até exportar os nossos produtos endógenos”. “Seriam bons agentes de divulgação”, referiu Mário Alves.