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Oliveira do Hospital recusa-se a denunciar contrato com a Águas do Zêzere e Côa

 

Os municípios de Oliveira do Hospital e Seia demarcaram-se do grupo de municípios abastecidos pela Águas do Zêzere e Côa que, pondera denunciar judicialmente os contratos estabelecidos com aquela empresa multimunicipal.

A informação foi confirmada há instantes ao correiodabeiraserra.com pelo gabinete do presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital que adiantou a este diário digital que o município, em conjunto com o vizinho de Seia, vai optar por “uma estratégia diferente”.

“Estamos a encetar contatos com outras entidades para resolver a questão”, adiantou aquela fonte, não especificando porém qual a estratégia a adotar, nem o momento em que a mesma vai ter aplicação prática.

Para o município de Oliveira do Hospital, que chegou a partilhar da ideia de denúncia de contrato, a medida defendida pela maioria dos municípios “pode-se arrastar nos tribunais durante meses e até anos”.

Sem resolução imediata no horizonte, o problema dos elevados preços da água praticados pela AZC vai continuar a afectar o município de Oliveira do Hospital que, de acordo com o presidente José Carlos Alexandrino, compra “a água mais cara de Portugal”.

Classificando a situação de “incomportável”, o autarca já admitiu que a mesma levará “a breve prazo à ruína das finanças do município”.

Segundo José Carlos Alexandrino, o município está a comprar a água a 66 cêntimos à AZC e a vendê-la aos munícipes a 53 cêntimos, o que, “se forem acrescentadas as perdas pela evaporação e falhas na rede (estimadas em 50 por cento), dá um preço de cerca de um euro e vinte por metro cúbico”.

Com uma despesa mensal de 100 mil euros para pagamento de água e saneamento básico junto da empresa Águas do Zêzere e Côa, o presidente da Câmara Municipal constata, com base no estudo de viabilidade da AZC, que Oliveira do Hospital “está a pagar a água ao preço previsto para 2027”.

A criação de um preço médio a nível nacional é uma das reclamações dos municípios abastecidos pela AZC.

Contudo, para o presidente da AZC, está é uma questão que só pode ser resolvida pelo ministério do Ambiente.

João Pedro Rodrigues justifica a subida dos preços com a necessidade que a empresa – com um passivo de 160 milhões de Euros – tem de “amortizar os investimentos já feitos”.

Os preços praticados e a política de tratamento de águas da empresa Águas do Zêzere e Côa vão estar também em discussão, na próxima reunião da Assembleia Municipal de Oliveira do Hospital, agendada para 25 de fevereiro.

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