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Presidente da ANIVEC denuncia “globalização mal feita” e alerta para o risco que correm as 40 empresas do sector

… teceu, ontem à tarde, duras críticas ao fenómeno da globalização, chegando mesmo a denunciar a existência de “lobbies” na própria Comissão Europeia. Orlando Lopes Cunha falava aos jornalistas depois de estar reunido no Hotel São Paulo, em Oliveira do Hospital, com cerca de 40 empresários, representativos de cinco mil trabalhadores da Beira Alta.

Sem deixar de destacar os vários pontos resultantes do encontro e dos quais será feito eco junto do Governo, com destaque para a revisão do conceito de PME, os pagamentos do IVA, a aplicação do “lay off” sem custos para a empresa, redução da Taxa Social Única e o acordo para a regularização das dívidas das empresas, o presidente da ANIVEC centrou-se na constatação de que “a lei da oferta e da procura foi gravemente desrespeitada” ao permitir a entrada da China na Europa. Por esta razão, deu conta da importância de sensibilizar o povo português para a necessidade de comprar o que é nacional. “Comprem o que é português”, apelou Orlando Cunha, frisando que os produtos nacionais são “os melhores do mundo”, embora – como disse – “ainda não haja etiquetas para tudo”.

Apontando o dedo a uma “globalização mal feita”, o dirigente associativo referiu que a crise agora instalada foi prevista pela ANIVEC que, já em 2006, tinha avisado para esta realidade. Apela agora ao Governo para que implemente as medidas propostas pela associação e passe a adoptar uma postura “preventiva e não reactiva”.

Sem pormenorizar nenhuma empresa, optando por se pronunciar sobre o tecido empresarial de um modo geral, Lopes da Cunha afiançou que actualmente “o risco é comum a todas as empresas portuguesas”, embora tenha reconhecido que “há algumas empresas em pior situação”. “Se pararem por falta de encomendas, dentro de três a quatro meses não há empresas que resistam” alertou, recusando que as empresas portuguesas empobreçam “para enriquecer meia dúzia de multinacionais”.

Orlando Lopes da Cunha atribuiu responsabilidades a “lobbies poderosíssimos que começam na União Europeia”. “Não há forma de a Comissão Europeia levar para a frente a lei da etiquetagem das peças que se produzem na Europa”, sustentou o responsável associativo que se apresenta como um crítico da “globalização sem controlo”, apoiante do “proteccionismo” e a favor da “livre circulação de mercadorias, mas com reciprocidade”.

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