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“Dizem que venho fazer muito mal ao concelho… ouçam-me e confiem em mim”

Depois da apresentação oficial da sua candidatura à Câmara de Oliveira do Hospital, Cristina Oliveira teve na noite do passado sábado a primeira ação de apoio ao projeto político “Confie em mim, por Oliveira”.

Num jantar que teve lugar no Hotel S. Paulo, a candidata social-democrata contou com a presença do deputado na Assembleia da República Nuno Encarnação, o também deputado e vice-presidente da Distrital laranja, Maurício Marques, o presidente da Câmara Municipal de Arganil, Ricardo Pereira Alves e oliveirenses. Visível continuou a ser a ausência de presidentes de Junta de Freguesia e outros destacadas figuras do PSD concelhio, notando-se apenas a presença da ex presidente da Comissão Política, Sandra Fidalgo, do líder da bancada do PSD na Assembleia Municipal, João Esteves e da deputada independente no mesmo órgão autárquico, Luísa Vales.

Presenças e ausências que, a menos de meio ano das eleições, são reflexo do estado de espírito político dos oliveirenses, mas que Cristina Oliveira está apostada em contrariar. “Dizem que venho fazer muito mal ao concelho, onde tenho a minha casa e a minha família. Conheçam o meu projeto. Ouçam-me e confiem em mim”, afirmou sábado à noite a candidata social democrata que disse não acreditar que “os oliveirenses se deixarão levar por demagogias e estratégias clientelares que não são mais do que uma atitude do salve-se quem puder”.

“Não quero um concelho amarrado a interesses pessoais”, insistiu Cristina Oliveira que, numa clara crítica à atuação do atual presidente de Câmara e seu adversário político, disse que “um autarca deve ter coragem para assumir decisões, apontar caminhos certos e reconhecer que acima da carreira política pessoal, esta a comunidade que precisa de um futuro”. Avessa a “uma atitude populista e irresponsável”, Cristina Oliveira insistiu na crítica para lembrar que o trabalho em prol do território “tem que começar no primeiro dia de mandato” e não deve ser guardado “para o ano anterior a eleições”. É que no entender da candidata tal prática “cria a ilusão de que se fez obra”.

De dedo em riste à atuação do executivo socialista na Câmara Municipal, Cristina Oliveira entende estar envolvida num “projeto ganhador” e que se afigura com a mais valia de ser “mulher”. “Ter uma mulher à frente dos destinos da Câmara pode fazer a diferença e fará em Oliveira do Hospital”, afirmou a candidata, notando que “o importante é que sejamos honestos e transparentes, sejamos homens ou mulheres”.

A dar os primeiros passos numa campanha que se adivinha dura, Cristina Oliveira centra atenções na necessidade de “mudar Oliveira do Hospital”. “O concelho vive conformado”, notou a candidata que não vislumbra no concelho um projeto de desenvolvimento económico, chega a desafiar o atual presidente da Câmara a a “mostrar a grande obra em prol do desenvolvimento do concelho”.

Apostada num projeto para “todos os oliveirenses” – ninguém será excluído por diferenças de opinião”, assegura – Cristina Oliveira demarca-se de uma “politica arruaceira, demagógica e de difamação pessoal” e parte para a a defesa de um paradigma moderno de governação partilhada com a comunidade. “Quero dar voz às nossas gentes”, referiu a candidata que coloca à cabeça o tratamento igualitário às Juntas de Freguesia num combate “às assimetrias de tratamento e de desenvolvimento profundas”. Para tal defende uma distribuição cuidadosa do dinheiro que “é um bem escasso” e que também deve ser aplicável à totalidade da gestão municipal, colocando travão aos “gastos de sustentação que só servem os interesses que quem hoje tem o poder de decidir”.

Voltando a eleger o turismo como a grande prioridade em termos de desenvolvimento concelhio, Cristina Oliveira destacou a necessidade de dar maior visibilidade ao legado romano da Bobadela e a criação do museu do Queijo. No que à natalidade diz respeito, a candidata entende que não basta distribuir “subsídios de 75 Euros”, porque o importante é que haja “emprego para as pessoas”. Determinada em apoiar a “autonomia responsável” do agrupamento escolar concelhio, a social democrata não deixou de repudiar a postura do executivo socialista neste processo , porque “sempre que a autarquia faz jogo político com a educação está a denegrir a imagem das escolas e do concelho”. A candidata que também se preocupa com os seniores, centra atenções maiores sobre as pequenas e médias empresas. “A autarquia tem obrigação de promover investimentos”, entende Cristina Oliveira que já pensa na criação de uma estrutura de trabalho destinada a aproveitar “ao máximo” os fundos comunitários. É que no entender de Cristina Oliveira “não basta fazer feiras e esperar”. “Temos de viver de escolhas e não de sorte”, registou.

“Este presidente de Câmara impreparado bem sabe que vai perder…”

Cristina Oliveira marcou assim a segunda ação política em que deu a cara como candidata à autarquia oliveirense sob a bandeira do PSD. Um rosto feminino que no arranque da luta eleitoral é certeza de vitória para o presidente da Comissão Política Concelhia do partido. “Este presidente de Câmara impreparado bem sabe que vai perder as eleições autárquicas”, afirmou António Duarte que, no sábado, endureceu nas críticas a José Carlos Alexandrino, para denunciar um “sistema clientelar” em que “só é recompensado, quem renega ao passado, se vende por um prato de lentilhas, muda de camisola a troco de um POC para a filha ou para o genro , ou entra em qualquer fundação que só interessa para servir interesses da autarquia, amigalhaços e familiares diretos”. A par deste, António Duarte também levantou suspeições a propósito da utilização indevida de viaturas da autarquia.

“Segundo consta os carros não param e os agentes políticos não descansam. É justo que os oliveirenses saibam que estes métodos são usados diariamente e que os recursos de todos nós são usados para fazer política partidária”, afirmou António Duarte, que reincidiu nas acusações que dirigiu aos jornalistas que “a troco de benesses vendem a sua integridade profissional e pessoal, julgando que ao fazerem blackout da CPS do PSD conseguirão perpetuar o PS e José Carlos Alexandrino”.

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