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Jorge Almeida garante que “a ESTGOH é low cost”

 

Na segunda receção consecutiva aos candidatos a deputados pelo círculo eleitoral de Coimbra, às eleições legislativas de 5 de junho, o presidente da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Oliveira do Hospital (ESTGOH) pegou no argumento da sustentabilidade invocado por José Manuel Canavarro, para garantir que o problema da escola não se prende com a ginástica financeira que é obrigada a praticar.

Ainda que tenha observado que a ESTGOH vive hoje com 1. 431. 000,00 Euros e tem 11 cursos em funcionamento – “esta escola já funcionou com 1,8 milhões e com apenas quatro cursos”, frisou – Jorge Almeida assegurou que, em resultado de “um controlo de gestão apertado”, tem sido possível fazer face aos custos, pelo que não verifica que a continuidade da ESTGOH possa ser colocada em causa por motivos de sustentabilidade.

“A escola é low cost e tem poucos funcionários administrativos”, adiantou, garantindo que a ESTGOH, que conta com 32 professores, é entre as escolas afetas ao IPC, uma das que apresenta menores custos de funcionamento.

Como vem sendo timbre das suas intervenções, Jorge Almeida reiterou a importância da ESTGOH como “catalisador económico da região” e chamou a atenção para aquilo que deverá ser o futuro da oferta formativa da ESTGOH na área dos biocombustíveis.

Ainda que tenha considerado que a extinção do curso de Engenharia Civil deveria ter acontecido “com um aviso de antecedência de dois anos”, Jorge Almeida atestou a saturação da licenciatura que é ministra em mais 33 escolas superiores do país e, deu conta da intenção da ESTGOH na mudança de rumo.

 

Para o efeito, o presidente da ESTGOH considerou determinante a ligação com a Plataforma para o Desenvolvimento da Região Interior Centro que – como referiu – já avançou com a contratação de investigadores na área dos biocombustíveis.

“Fica aqui firme a convicção de que vamos apresentar novos cursos ligados à sustentabilidade ambiental”, garantiu.

“Tudo faremos para sensibilizar o IPC de que este é o caminho certo e adequado”

Igualmente presenteado com o protesto silencioso que, desde ontem, está a ser realizado por alunos à porta da ESTGOH, o cabeça de lista do PSD, por Coimbra, aliou a sustentabilidade à qualidade para justificar a defesa da permanência da escola em Oliveira do Hospital.

Garantindo que não se deslocou à ESTGOH para conquistar votos, mas para fazer “política distrital”, José Manuel Canavarro manifestou o seu total apoio para “manter e reforçar a existência da ESTGOH”.

“Tudo faremos para sensibilizar o IPC de que este é o caminho certo e adequado”, garantiu o candidato que se assumiu como “emissário” das preocupações vertidas pelos alunos no abaixo-assinado que lhe foi entregue, acerca das consequências resultantes do encerramento do curso de Engenharia Civil.

Candidata a deputada e presidente da Comissão Política Concelhia do PSD de Oliveira do Hospital, Sandra Fidalgo elencou as mais valias que a escola representa no concelho, onde identifica “perda de competitividade e de poder económico”.

“Temos presentemente uma fuga de jovens para o estrangeiro equivalente à que assistimos na década de 60”, verificou Sandra Fidalgo, considerando que “ao longo dos últimos tempos”, o concelho “não consegue dar respostas cabais à sua população”.

Reconheceu, por isso, as vantagens da ESTGOH ao permitir, através da atração de estudantes, “a entrada e encaixe financeiro” no concelho.

Posicionando-se ao lado da luta do presidente Jorge Almeida, a candidata do PSD não deixou, porém, de se revelar preocupada com a “campanha anti-marketing” que foi criada com o anúncio de extinção de cursos.

“Isto pode comprometer as inscrições nos restantes cursos”, referiu, receando que alguns alunos possam pensar duas vezes na hora de efetivarem inscrições em Oliveira do Hospital.

Na última semana de campanha para as legislativas de 5 de junho, a visita dos candidatos do PSD a Oliveira do Hospital contemplou ainda a passagem pela Irsil, Arcial e Vale do Alva.

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