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Numa clara manifestação de descontentamento, relativamente, à manchete da edição 78 do Correio da Beira Serra, Mário Alves disse não saber “o que isso (cultura urbana) deve ser”, considerando que “deve ser dos intelectuais cá do sítio com repercussões bastante nefastas”.
“Vê-los como os vemos aí pelas ruas, deixam um pouco a desejar”, acrescentou em tom irónico o presidente do município, antevendo que “o próximo cartoon seja mais uma vez com a cultura urbana”.
Admitindo que gosta dos cartoons do Correio da Beira Serra, Mário Alves contou que vai “fazer uma recolha para fazer um livro”. “Até gosto do artista”, confessou, equacionando a possibilidade de se realizar um “livro de caricaturas do concelho”.
Surgiu o momento irónico na sequência da intervenção de José Francisco Rolo, a propósito da necessidade de requalificação do acesso à cidade, no sentido Bobadela – Oliveira do Hospital.
O vereador socialista chamava assim a atenção do executivo para o “ar de abandono” que se verifica no local. “Acho que se devia cuidar aquela entrada da cidade com passeios e pavimentando-a condignamente”, referiu.
“Não vejo ali qualquer ar abandonado da cidade. Vivo ali naquela zona e não vejo”, defendeu Mário Alves, para logo de seguida adiantar que “há um projecto feito para requalificar parte daquele espaço da cidade”.
Segundo explicou, está em causa um investimento na ordem dos 150 mil euros, mas o projecto está parado porque “o dinheiro não estica”. “Queremos manter o desenvolvimento do concelho, mas com a dívida controlada”, sublinhou o autarca, verificando que “não era recomendável” uma intervenção naquele local “quando decorrem trabalhos na cidade”.
