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“Não fui eu que prometi a construção de salas em algumas escolas do Agrupamento”

“Estranho a posição do presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital e, recordo que não fui eu que prometi a construção de salas em algumas escolas do Agrupamento”, afirmou ao correiodabeiraserra.com o director do Agrupamento de Escolas Brás Garcia de Mascarenhas (AEBGM), numa reacção à responsabilização que Mário Alves lhe imputou, no caso que envolve a deslocalização dos oito alunos do 3º e 4º anos da EB1 do Senhor das Almas para outra escola de acolhimento.

Esclarecendo que as responsabilidades do Agrupamento que dirige são de ordem pedagógica, Luís Ângelo sublinhou que a promessa de construção de uma sala de aula na EB1 do Senhor das Almas consta da Carta Educativa, que “é responsabilidade da Câmara, tal como é também a realização de obras”.

Fazendo questão de definir a fronteira entre o que são as responsabilidades do agrupamento e as da autarquia, Luís Ângelo deixa claro que “como é óbvio, o problema central só existe porque não existem espaços físicos”.

“Justificava-se um investimento grande em termos de um pólo educativo”

Preocupado em assegurar “o melhor percurso pedagógico dos alunos no presente e nos anos futuros”, o director do Brás Garcia de Mascarenhas considera pertinente analisar o que vai ser a realidade da EB1 do Senhor das Almas a curto prazo.

Consciente de que, já no próximo ano lectivo, a velhinha escola vai ser afectada por um decréscimo considerável do número de alunos, Luís Ângelo não se posiciona a favor da construção de mais uma sala, mas antes de uma adequada estrutura escolar. “Pensando no futuro, se calhar justificava-se um investimento grande em termos de pólo educativo naquela zona”, defendeu o responsável, verificando que para isso teria sido necessária uma candidatura ao Quadro de Referência Estratégico Nacional que, “já foi”.

Peremptório nas afirmações, Luís Ângelo foi ainda mais longe ao sustentar que “o Centro Educativo que está a ser construído em Oliveira do Hospital não reúne todas as condições necessárias”. “Para isso era necessário maior investimento, mas há prioridades”, sublinhou, deixando claro que enquanto director se move pela “esperança de que o agrupamento tenha as melhores condições possíveis”.

EB1 de Nogueira do Cravo vai acolher 3º e 4º anos do Senhor das Almas

Sem que até agora tenham havido mais conversações com os encarregados de educação, Luís Ângelo adiantou ao correiodabeiraserra.com que, a resolução do problema da EB1 do Senhor das Almas, vai passar pela deslocalização dos oito alunos dos 3º e 4º anos para a EB1 de Nogueira do Cravo.

“Os pais e o presidente da Junta de Freguesia já sabem a minha opinião”, adiantou, sublinhando que a mesma foi transmitida na reunião realizada dia 18 de Junho. Segundo adiantou, os pais não voltaram a contactar o agrupamento, pelo que se vê na obrigação de tomar decisões concretas já que, ultrapassado o período de matrículas, o momento é de constituição das turmas.

Esclarecendo que a “EB1 de Senhor das Almas não vai encerrar”, Luís Ângelo disse esperar que “os pais compreendam o agrupamento já que sempre teve uma abertura e posição transparente para com eles”. “Também têm que compreender que temos que cumprir as nossas obrigações”, verificou, ao mesmo tempo que disse entender as reivindicações dos encarregados de educação.

“O que os pais querem são promessas antigas e, em ano de eleições, os pais exigem”, sublinhou o responsável, esperando que da parte da autarquia, haja a boa vontade para requalificar a EB1 do Senhor das Almas, que vai ser frequentada por 11 alunos, com vista a conferir uma maior dignidade aos alunos no período de almoço e ATL.

Pese embora as recentes declarações proferidas por Mário Alves, Luís Ângelo destacou o bom trabalho que vinha sendo desenvolvido entre o ABGM e a vereadora da Educação da Câmara Municipal, Fátima Antunes. “Nunca ouvi da parte da vereadora qualquer sinal de discordância relativamente às ideias do agrupamento”, sublinhou o responsável, destacando também a bom relacionamento mantido com o autarca de Nogueira do Cravo, Adelino Henriques.

Paralelamente, também o caso da EB1 de Santa Ovaia parece ter resolução à vista. Sem o número de alunos suficiente para a divisão em duas turmas – apesar de a EB1 ter duas salas de aula – aquele estabelecimento de ensino vê-se obrigado a deslocalizar os alunos dos dois primeiros anos, sendo que recai sobre os encarregados de educação a escolha das respectivas escolas de acolhimento.

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