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“O PS teve a inteligência de ser solidário com a humildade do presidente da Câmara Municipal”

 

Primou pela unanimidade o resultado da votação da proposta que o presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital apresentou aos militantes do PS na última reunião da Comissão Política do partido convocada para analisar a intenção de José Carlos Alexandrino passar a contar com o antigo vice presidente da autarquia na sua equipa executiva.

Uma postura considerada “inteligente” pelo próprio presidente da estrutura socialista concelhia, na opinião de quem, o partido não poderia ter assumido outra posição tendo em conta a “humildade democrática” que o presidente da Câmara Municipal demonstrou ao longo de todo o processo.

“A tranquilidade com que o processo decorreu só levaria a que o PS estivesse solidário”, referiu José Francisco Rolo ao correiodabeiraserra.com, contando que a tomada de decisão em questão é da competência de José Carlos Alexandrino, que “desde a primeira hora consultou o presidente da concelhia socialista, o mandatário da candidatura, António Campos e o presidente da Assembleia Municipal, António Lopes”.

Rolo adiantou ainda que neste processo também foram ouvidos os presidentes de Junta eleitos pelo PS e vários militantes e independentes, que participaram na campanha de 2009 que ditou a vitória da equipa socialista nas eleições autárquicas que decorreram em outubro daquele ano.

Pese embora o aval unânime registado naquele encontro de socialistas, o líder concelhio do partido admite que a decisão de integração de Rocha no executivo não tenha caído bem junto de alguns militantes. “É normal e positivo que isso aconteça”, adiantou, garantindo estar disponível para lhes apresentar todos os esclarecimentos inerentes ao processo.

“Os juízos de valor sobre o passado e os vereditos já foram feitos em outubro de 2009”

Também vice presidente da Câmara Municipal e, por isso, a par de do funcionamento autárquico, José Francisco Rolo lembra que o executivo municipal está a entrar num segundo ciclo político que deixa para trás um primeiro, que ficou marcado pela tentativa de diálogo com o independente José Carlos Mendes numa tentativa de garantir a estabilidade política. “Gorou-se essa possibilidade”, recordou, notando que num segundo ciclo o executivo conseguiu dialogar com o vereador eleito pelo PSD, que em outubro passou à condição de independente, surgindo a possibilidade de integrar o executivo e partilhar o pelouro de Administração e Finanças com o presidente da Câmara Municipal.

Pese embora a disputa política que marca um passado recente de cada um dos lados que agora se fundem, José Francisco Rolo valoriza a experiência Paulo Rocha, que foi durante seis anos vereador na Câmara Municipal, e sua formação na área da contabilidade.

“Os juízos de valor sobre o passado e os vereditos já foram feitos em outubro de 2009”, referiu, apreciando porém aquela que tem sido a postura dos vereadores do PSD na Câmara Municipal, em detrimento da dos eleitos pelo movimento “Oliveira do Hospital Sempre”. “De um lado temos vereadores que se refugiam no silêncio ou fazem intervenções esporádicas e inconsequentes e do outro lado temos os vereadores do PSD que fazem críticas, buscam esclarecimentos e fazem propostas”, observou.

É também com tranquilidade que o vice-presidente da Câmara Municipal encara o relacionamento de grande proximidade que vai passar a existir entre Alexandrino e o novo elemento do executivo decorrente da partilha da mais importante pasta do executivo.

“Encaro com serenidade e em ambiente de pura transparência”, referiu a este diário digital, verificando que a partilha de pelouros não é nova no seio do executivo camarário e que o papel de coordenação é sempre da responsabilidade do presidente da autarquia.

Instado a pronunciar-se sobre as autárquicas de 2013 e a possibilidade de Paulo Rocha e José Carlos Alexandrino partirem para uma campanha de braço dado, o presidente da concelhia do Partido Socialista revelou-se confiante na fidelidade do atual presidente da Câmara – “é independente, mas é homem de uma só camisola partidária”, frisou – e cético relativamente à possibilidade de Rocha envergar as cores do socialismo.

“É um cenário que não se coloca neste momento e não vejo sinais que possam vir a revelar Paulo Rocha como candidato nas listas do PS”, afiançou.

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