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“Quero ser justo e não quero presidentes de Junta de primeira e de segunda”

Quando era confrontado pelo vereador do PSD sobre o facto de pedidos de outras juntas de freguesia não serem apresentados em reunião do executivo, José Carlos Alexandrino – levou àquela reunião propostas de subsídios para Ervedal da Beira, Seixo da Beira e Lourosa – sublinhou que é sua preocupação tratar todas as juntas de freguesia por igual.

“Não percebo o porquê de vir o pedido de três freguesias e não de todas”, começou por referir o vereador Mário Alves, recordando a Alexandrino a promessa de levar todos os pedidos à reunião daquele executivo.

Garantindo ter “o maior prazer em responder” ao vereador do PSD, o presidente da Câmara começou por explicar que os pedidos apresentados naquela reunião são referentes a “subsídios para realização de trabalhos de curto prazo”, enquanto que “os outros pedidos são para um conjunto de obras que aguardam por lançamento”.

Alexandrino preocupou-se ainda em encaixar os trabalhos já subsidiados no conjunto de obras previsto para os “primeiros cem dia” e que implicavam a cedência dos apoios.

500 mil Euros para as 21 freguesias

Munido do historial de subsídios entregues pela Câmara Municipal às 21 freguesias do concelho de Oliveira do Hospital, José Carlos Alexandrino revelou-se empenhado em encontrar “uma forma de fazer alguma justiça”.

“Será justo que, por exemplo, Lourosa continue a receber 5 600 Euros e que Vila Franca e Vila Pouca recebam mais ou menos o mesmo?” questionou o edil, considerando de imediato que “deve haver uma proporção directa em relação ao número de habitantes”.

Defensor de um “critério justo”, Alexandrino referiu que o assunto está a ser tratado pelo gabinete das freguesias e que visa chegar a um acordo com todos os presidentes de Junta de Freguesia, com quem se espera fazer um “planeamento a quatro anos”.

Decidido em conferir “uma maior autonomia” às 21 Juntas de Freguesia, o presidente da Câmara falou na possibilidade de se atribuir “uma verba global de 500 mil Euros”.

“Não podemos andar aqui sempre com estas coisas”, continuou, especificando que se tratará de uma “experiência nesta área”, até para averiguar se o montante é ou não suficiente.

Aberto à opinião dos restantes membros do executivo, José Carlos Alexandrino clarificou que a sua intenção “é ser justo”, porque não quer “presidentes de Junta de primeira e de segunda”.

A ideia de Alexandrino colheu a apreciação favorável do vereador independente José Carlos Mendes, que se mostrou concordante com a atribuição de subsídios de acordo com o número de povoações anexas a cada freguesia.

O vereador Mário Alves limitou-se a considerar que “como em tudo na vida, o tempo é o melhor remédio”.

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