Depois do Bem Crescer e do AGIR, o Contrato Local de Desenvolvimento Social (CLDS) é o projecto de acção social que está no terreno com o objectivo de prestar apoio aos que mais necessitam.
Pelo menos é esta a convicção do vice-presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital e vereador do pelouro da Solidariedade e Acção Social que, esta tarde, considerou que “havendo respostas e recursos qualificados, não temos desculpas para não dar respostas à população”.
A participar na sessão de apresentação do CLDS designado por TEAR e do primeiro número do seu boletim informativo, José Francisco Rolo justificou o surgimento da nova resposta social concelhia com as “fragilidades” que afectam o tecido social de Oliveira do Hospital, nomeadamente com o “desemprego forçado de várias centenas de homens e mulheres”.
“É uma situação que exige muito de nós, poderes públicos, e das entidades que estão no terreno e que têm oportunidade de aceder a projectos e programas capazes de minorar dificuldades”, observou o número dois na autarquia oliveirense, apelando por isso ao envolvimento de todas as entidades e organismos do Estado.
“Há enormes exemplos na nossa região de pessoas que conseguiram transformar o seu problema de emprego e criar micro-empresas”
Numa altura em que apresentava a nova equipa técnica que se encontra no terreno e coordenada por Raquel Baptista, o responsável pelo pelouro da Acção Social destacou a capacidade do município para atrair “novos e diferentes projectos”.
Contudo, desafiou o TEAR a um esforço redobrado junto de pessoas desempregadas com capacidade para a criação do próprio emprego. “Há enormes exemplos na nossa região, de pessoas que conseguiram transformar o seu problema de emprego e criar micro-empresas”, verificou José Francisco Rolo, destacando a importância de o CLDS divulgar “estes casos de sucesso” junto de pessoas com capacidades para criação do próprio emprego. “Acho que é este o caminho correcto”, frisou.
Essencialmente vocacionado para apoiar famílias fragilizadas e prestar apoio à empregabilidade, o TEAR comporta também a Plataforma de Atendimento e Acompanhamento Social Integrado, que resulta de uma trabalho conjunto de todos os actores sociais concelhios.
“É uma marca distintiva daquilo que poderá ser a acção social de cada concelho”, explicou o vice-presidente, na expectativa de que este modelo possa ser “replicado e imitado” por outros municípios.
Enquanto projecto inovador, a Plataforma de Atendimento e Acompanhamento Social Integrado congrega 24 entidades responsáveis pela triagem de casos que carecem de acompanhamento social em todo o território concelhio.
Todo o trabalho funciona em rede e tem por base uma plataforma electrónica que é gerida pela equipa do Contrato Local de Desenvolvimento Social. “As peças estão a ser colocadas no terreno e estamo-nos a organizar”, sublinhou José Francisco Rolo.
Comandado por uma equipa multidisciplinar – Ana Catarina Ribeiro (técnica de Serviço Social), Ana Luzia Brito (técnica de Gestão), Paula Ferrão (Animadora sociocultural) e Raquel Baptista (coordenadora), o TEAR é promovido pela Câmara Municipal de Oliveira do Hospital, financiado pelo Instituto da Segurança Social e executado pela Associação para o Desenvolvimento Social e Cultural do Vale do Cobral.