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Alexandrino partilha Administração e Finanças da Câmara Municipal com Paulo Rocha

Confirmou-se, esta manhã, o casamento há muito esperado entre o presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital e o vereador da oposição, eleito pelo PSD, que há alguns meses bateu com a porta ao partido pelo qual se recandidatou em 2009.

Na última reunião do executivo de 2011 realizada esta manhã, o presidente da Câmara viu aprovada uma proposta de fixação para dois vereadores a tempo inteiro, para além do limite definido para os municípios com menos de 20 mil eleitores e logo anunciou a sua intenção de passar a contar com a disponibilidade a tempo inteiro do vereador Paulo Rocha.

Até aqui o executivo municipal em permanência era composto pelos três eleitos do PS que venceram com maioria relativa as autárquicas de 2009. Uma situação que ganha agora contornos diferentes com a equipa de José Carlos Alexandrino a ser alargada a quatro elementos, garantindo assim um maior conforto na hora da tomada de deliberações.

Numa altura em que Alexandrino ainda não tinha dado o nome de Paulo Rocha como certo, a proposta de alargamento do número de vereadores a tempo inteiro colheu apenas os votos favoráveis dos eleitos socialistas. O antigo presidente da Câmara Municipal, Mário Alves absteve-se na votação e o eleito pelo movimento independente Oliveira do Hospital Sempre , José Carlos Mendes, votou contra. No momento da votação, a independente Telma Martinho e Paulo Rocha estavam ausentes.

Alexandrino justificou a proposta de aumento do número de vereadores com a necessidade de “poder contar com uma pessoa detentora de formação na área financeira e que, em articulação com o presidente da Câmara, se dedique em exclusivo a esta missão, tendo simultaneamente, conhecimento integral do funcionamento da organização”.

É exatamente neste perfil que José Carlos Alexandrino encaixa o vereador, de quem há vários meses se tem tornado cada vez mais próximo, chegando hoje mesmo a anunciar o seu nome como certo entre o executivo em permanência e com qual irá partilhar uma das pastas mais importantes da Câmara Municipal: o pelouro de Administração e Finanças.

A “formação e experiência detidas na área administrativa e financeira e o conhecimento que detém da Câmara Municipal onde desempenhou funções entre 2002 e 2009” são argumentos de que José Carlos Alexandrino se vale para justificar a admissão de Rocha na equipa que já leva dois anos de mandato, rejeitando quaisquer outras premissas de natureza política.

“O superior interesse do concelho está acima de qualquer ato de conotação política ou partidária”, refere a Câmara Municipal em comunicado.

Com entrada prevista já para os próximos dias, Paulo Rocha passará a ser um dos vereadores mais chegados ao presidente da Câmara Municipal e por ele passarão algumas das decisões mais importantes a tomar pelo executivo em permanência.

A admissão de Paulo Rocha, um dos homens mais próximos de Mário Alves, no seio da equipa municipal há muito que era esperada, tendo por base a proximidade que se tornava cada vez mais evidente entre si e o líder do executivo.

A união de facto que agora se estabelece entre o executivo eleito pelo PS e o agora independente é que poderá não cair bem junto de uma ala do Partido Socialista, que sempre se posicionou contra as linhas traçadas pelo anterior executivo, do qual fez parte Paulo Rocha enquanto vice-presidente.

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