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António Lopes é o novo presidente da Assembleia Municipal (Actualizada)

Na primeira sessão da Assembleia Municipal (AM) de Oliveira do Hospital – a tomada de posse ocorreu durante esta tarde e terminou por volta das 20h00 –, os 43 eleitos foram chamados a eleger o sucessor de António Simões Saraiva, mas na primeira votação registou-se um empate, com as listas encabeçadas por António Lopes (PS) e José António Madeira Dias a obterem 21 votos cada. Um voto ficou em branco.

O PS, que detém 14 deputados municipais, ficou apreensivo com o resultado obtido pelo PSD, já que os sociais-democratas –  com 19 deputados – somaram 21 votos.

Após o empate, António Lopes, que conduzia os trabalhos em virtude de ter sido o candidato mais votado nas eleições autárquicas, viu-se obrigado a promover uma nova votação, e o PS conseguiu, então, obter 23 votos. O PSD ficou com 20, deixando assim fugir a presidência da Assembleia Municipal.

No salão nobre dos Paços do Concelho, gerou-se um ambiente de grande burburinho e não faltou quem mostrasse estranheza pelo facto de a lista do PSD ter obtido 21 votos, quando apenas detém 19 deputados municipais.

Na mesa da AM, presidida por António Lopes, vão agora sentar-se Carlos Vieira Mendes como 1º Secretário e Rodrigues Gonçalves no lugar de 2º secretário.

No seu primeiro discurso enquanto presidente do principal órgão autárquico concelhio, António Lopes voltou a sublinhar que a sua bandeira política “é o concelho”, e deixou uma advertência à nova Assembleia. “No acto de investidura que acabámos de realizar, jurámos, por nossa honra, exercer com lealdade as funções para que fomos eleitos. Espero de todos vós que não tenha sido um juramento meramente protocolar”, frisou o novo presidente da AM.

O sucessor de António Saraiva lembrou ainda que “a candidatura do PS estabeleceu um conjunto de metas que importa alcançar”, e prometeu empenhamento na “resolução total do flagelo do saneamento básico que afecta a generalidade do concelho”. Sobre a “prioridade das prioridades” que o PS elegeu em campanha eleitoral – o combate ao desemprego –, Lopes disse estar expectante quanto ao “retomar da esperança da nossa juventude, proporcionando-lhe, na sua terra, as oportunidades de vida e emprego a que justamente aspiram”.

Saudando as nomeações de Dulce Álvaro e Paulo Campos para o Governo, o novo presidente da AM enalteceu o facto de o concelho passar agora a ter “duas prestigiadas vozes na defesa dos nossos interesses junto do poder central”, e fez votos no sentido de que aqueles dois governantes se empenhem na “concretização de duas das nossas principais aspirações: a rede viária e as questões ligadas ao meio ambiente, com principal enfoque para o saneamento básico e despoluição dos nossos rios e cursos de água”.

Ciente das dificuldades que se colocam à governação socialista – o PS não tem maioria absoluta nem na Câmara nem na Assembleia –, Lopes sustentou que os interesses meramente partidários, que são legítimos, não se devem sobrepor ao interesse colectivo”, e prometeu ser um “agente dinamizador empenhado” na implementação de “uma política de permanente diálogo e concertação”. “Não há votos de primeira e votos de segunda, pelo que todos teremos de responder pela confiança que em nós foi depositada”, sublinhou ainda o antigo militante comunista, que agora passa a presidir aos destinos da Assembleia.

Candidato do PSD defende “espírito de cooperação”

O candidato derrotado do PSD, José António Madeira Dias, foi breve nas palavras e apelou a “um espírito de cooperação” no novo ciclo político que agora se abre.

“Estaremos disponíveis para trabalhar construtivamente (…) é mais o que nos une do que aquilo que nos separa”, referiu o segundo candidato mais votado nas últimas eleições autárquicas, sem deixar de explicar a razão que terá levado o PSD a avançar com um lista concorrente à do PS.

“Tínhamos obrigação moral e política de nos submetermos a sufrágio para não defraudar quem votou em nós”, afirmou Madeira Dias.

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