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Legislativas: Nomeação de Carlos Rocha agudizou clima entre a Concelhia e a Nacional do PSD

A pouco mais de duas semanas para as eleições legislativas, agudizou-se a tensão entre a Comissão Política de Secção (CPS) do PSD e a estrutura nacional do partido, com a primeira a acusar a segunda de “violar e pôr em causa” os “princípios fundamentais da democracia e os estatutos que deviam reger o legal funcionamento da estrutura partidária”.

Em causa está a nomeação, por parte da Comissão Política Nacional, de Carlos Teixeira da Rocha como mandatário do PSD para o acto eleitoral de 27 de Setembro. A decisão da estrutura chefiada por Manuela Ferreira Leite não caiu bem junto da secção dirigida por Nuno Pereira que, em comunicado enviado ao correiodabeiraserra.com, disse não ter recebido “qualquer indicação ou explicação” por parte dos órgãos nacionais do partido.

“A CPS só ficou a saber dessa nomeação, quando tentava fazer o trabalho que lhe competia, ao entregar na Câmara Municipal, as credenciais para a nomeação dos delegados do partido”, adianta a estrutura no comunicado, onde denuncia uma situação de “desrespeito dos estatutos do partido, da CPS e dos militantes”, depois de ter sido “colocada à margem pela direcção do partido, ao nomear um cidadão que nada tem a ver com a estrutura concelhia, para o efeito”.

“Como é que a população pode votar em quem nunca viu?”

Nuno Pereira não deixa também de se manifestar insatisfeito com a forma como foi conduzido o processo de constituição das listas dos deputados candidatos pelo distrito de Coimbra. “Nada nos foi pedido, nem fomos ouvidos”, observou o dirigente partidário, questionando “como é que a população pode votar em quem nunca viu?”.

No comunicado, Nuno Pereira chega a considerar que em caso de derrota do PSD, “o presidente da Comissão Política Distrital só tem um caminho: o de se demitir”. O líder concelhia do PSD estende a sua posição relativamente à congénere estrutura do concelho de Tábua, por entender que tal “seria pacífico para as gentes da Beira Interior”. “Porque não um candidato a deputado de Oliveira do Hospital ou de Tábua?” questiona, lamentando que “tudo” seja “decidido às escondidas na Coimbra Imperial”.

Ao verificar que “os estatutos do maior partido português são facilmente contornados por quem tem o poder”, Pereira não tem dúvidas de que “a democracia, em Oliveira do Hospital, tem um futuro condicionado”.

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