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Oliveirenses desafiados a “não participar no processo autárquico”

… “não colaborar, nem participar no processo autárquico”.

A menos de um ano das próximas eleições autárquicas – devem acontecer entre setembro e outubro – o PS de Oliveira do Hospital alerta para os conflitos que poderão existir entre as populações, desafiando por isso os oliveirenses ao menor envolvimento possível no processo autárquico.

“Há intenção descarada do governo em pôr as populações umas contra as outras”, avisou ontem o socialista e deputado na Assembleia Municipal de Oliveira do Hospital, José Rodrigues Gonçalves, que se opôs à medida do governo de conferir às populações o direito de escolher onde vai ser a sede da freguesia.

“Qualquer freguesia agregada pode reivindicar junto da agregante que a sede fique no seu território”, informou Rodrigues Gonçalves, desafiando por isso os oliveirenses a não alinhar com o governo PSD- CDS – “vai ficar inexoravelmente associado a esta morte das freguesias”, refere o socialista – e a “não colaborar, nem participar no processo autárquico”.

Determinado em “informar as pessoas do mal que este governo fez ao extinguir as freguesias”, o socialista que repudiou a reorganização administrativa do território – “o governo foi fraco com os fortes e forte com os fracos”, comentou – alertou igualmente para o facto de apresente lei “diminuir o exercício da democracia”.

“As populações agregadas deixam de ter quem as represente”, alerta , considerando tratar-se de uma “consequência gravíssima”, associada ao facto de as populações das freguesias extintas terem obrigatoriamente de se deslocar à freguesia agregadora para “obter carimbos e outras certidões”.

“As pessoas desempregadas de S. Paio, Lajeosa, Vila Franca da Beira, S. Sebastião e Vila Pouca vão ter que se deslocar a outra freguesia”, exemplificou, pegando no caso concreto das presenças obrigatórias quinzenais nas juntas de freguesia a que estão sujeitos os desempregados. É que, “ao contrário do que se diz”, as freguesias extintas “deixarão mesmo de existir”.

“Uma machadada”, classificou também Carlos Maia que garante não estranhar caso se assista à realização boicotes no próximo ato eleitoral autárquico. “O direito à indignação assiste a toda a gente e pode passar por atitudes deste tipo”, referiu o socialista e presidente da Junta de Freguesia de Ervedal da Beira.

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