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Oposição critica forma de execução das empreitadas rodoviárias no concelho de Oliveira do Hospital

 …na última sessão da Assembleia Municipal (AM) de Oliveira do Hospital, dia 20 de Dezembro.

“Aquela obra é uma manta de retalhos… as rotundas não estão feitas e parece que se está a começar a construir a casa pelo telhado”, criticou o deputado do PS, Carlos Maia, antevendo que as “emendas” no novo piso venham a ser mal executadas.

Numa referência ao facto de os trabalhos terem parado na rotunda de Ervedal da Beira, por causa de as máquinas terem entrado numa propriedade privada – o dono do terreno participou o caso à GNR de Oliveira do Hospital –, Maia lamentou que tivesse havido “pouco cuidado com as expropriações”.

O deputado municipal do PS, Francisco Garcia, também interveio para aludir à “má sinalização da estrada” e defendeu que, pelo menos, a Câmara Municipal (CM) devia “obrigar a empresa a pintar uma linha central” na faixa de rodagem.

Em resposta às críticas oriundas da bancada da oposição, o presidente da CM sustentou que “o empreiteiro está a cumprir” com o estipulado no caderno de encargos e notou que a preocupação manifestada pelos deputados socialistas “não tem razão de ser”.

Já sobre a deficiente sinalização da obra, Mário Alves referiu que “a empresa já foi alertada mais do que uma vez” para a questão da sinalização e até admitiu que “à noite é um bocado complicado circular na via”.

Contudo – frisou o autarca do PSD – no caderno de encargos da obra “não estava lá nada” em termos de sinalização prévia e – continuou – “não é muito hábito os técnicos (da CM) introduzirem essa questão”.

Alves voltou a salientar que esta empreitada – entregue ao consórcio “Chupas & Murrão, S.A./Socongo, Lda” pelo valor de 1.805.630, 51 milhões de euros – “é uma obra paga a expensas da câmara” e até fez um regresso ao passado – a 1993, ano em que César Oliveira inaugurou a estrada –, para argumentar que “no passado foi feito um mau acordo para o município, porque hoje estamos a pagar a factura”.

Ainda a propósito desta estrada, o deputado do PS, José Carlos Alexandrino, também veio lamentar que a autarquia oliveirense tivesse criado um problema com a implementação da rotunda de Ervedal da Beira, porque – conforme afirmou – o proprietário do terreno onde as máquinas do empreiteiro entraram sem consentimento até “estava disponível” para encontrar uma solução.

Estrada Lagares da Beira/Meruge também regista problemas de execução 

Uma outra empreitada que também não está a correr da melhor forma é a beneficiação da estrada entre Lagares da Beira/Meruge.

O presidente João Abreu insurgiu-se contra “as más condições de circulação” existentes na via e apelou ao executivo no sentido de este problema ser acautelado.

Já o autarca de Lagares da Beira, disse que aquela obra “não se parece com nada e lesa os interesses das pessoas em termos de segurança”. Raul Costa, denunciou mesmo que alguns automobilistas “já sofreram danos nos automóveis”.

Na informação prestada à assembleia, Mário Alves deu conta de que, na verdade, a obra – entregue à CA, Construtora do Alva – não está a correr bem. “Existiu um problema em termos da colocação do «bunder” e a câmara resolveu mandar fazer ensaios (laboratoriais) sobre o betuminoso”, esclareceu o autarca, dando ainda conta de que “foi feita uma comunicação à empresa das correcções que teriam que ser feitas, para que o pavimento fosse aceite pela câmara. Espero que a situação seja resolvida para não causar mais transtornos às pessoas”, referiu Alves.

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