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Presidente da Assembleia Municipal revela-se “pouco sensível a política de algibeira”

 

… o presidente da Assembleia Municipal reafirma-se como “homem de diálogo”, mas pouco dado a “política de algibeira” e a “chicana política”.

Não tardou muito para que o presidente da Assembleia Municipal (AM) de Oliveira do Hospital reagisse ao chorrilho de críticas, hoje, lançado pela Comissão Política de Secção (CPS) do PSD local, relativamente ao modo como foram conduzidos os trabalhos da última reunião daquele órgão.

Reafirmando-se como um homem de “diálogo”, Lopes disse não ter necessidade, nem antes nem agora, de “manipular nada nem ninguém”. Encarando o comunicado hoje tornado público como o resultado da necessidade de o PSD local “criar um facto político” – “por falta de adesão às políticas que vem pondo em prática”, sublinha – o presidente da AM oliveirense esclarece a estrutura concelhia de que “para impor a agenda terá que primeiro e democraticamente ir buscar esse mandato ao povo”.

António Lopes condena, assim, o uso que aquela estrutura dirigida por António Duarte fez da tribuna da última AM para “ilegalmente querer fazer passar as suas críticas”. “Para se falar naquele local é preciso ter um mandato do povo”, insiste o responsável autárquico que, tomando por base a atuação da recém eleita estrutura do PSD, se revela “pouco sensível a política de algibeira” e manifestamente contra todas as formas de “chicana política”. “Ando nisto de forma séria”, avisa.

À acusação que lhe foi dirigida de, por via de uma excessiva ordem de trabalhos – “resultou da necessidade de aprovação de assuntos primordiais à boa gestão do concelho “, explicou – , não possibilitar o “debate sério, justo e racional”, António Lopes remete para a estrutura concelhia a responsabilidade pela finalização tardia dos trabalhos. “Os trabalhos teriam acabado a horas normais, não fora a postura institucionalmente indigna, socialmente reprovável e politicamente incorreta da cúpula da CPS do PSD”, afirma o responsável por aquele órgão autárquico, acusando aqueles elementos de “desrespeito pelo órgão AM, pela mesa e eleitos ali presentes”. Uma postura que, no entender de António Lopes, foi “prejudicial” ao normal decorrer dos trabalhos.

Em concreto, o responsável máximo pela AM regista a intervenção – “ ao abrigo do artigo 6º, alínea C”, informa – que “por várias vezes” se viu obrigado a fazer no sentido de “manter a disciplina e a ordem dentro do Salão Nobre”. “Por duas vezes me dirigi a um vice-presidente da mesma comissão política e, numa segunda oportunidade, à cúpula do PSD alertando para a situação de indignidade”, sublinha António Lopes.

No que respeita à crítica de que é alvo a propósito do “ponto mais importante dos últimos 150 anos” – a reorganização administrativa – Lopes não deixa de registar a ironia da matéria. “Porque é que não foi à reunião quando foi convocado?”, questiona o presidente da AM, recordando que foram os próprios elementos do PSD , os “primeiros a manifestar, e bem, a inoportunidade de constituição da comissão, uma vez que os presidentes de Junta de Freguesia já se tinham manifestado contra”.

Lopes lembra que a questão já tinha sido objeto de várias discussões e que o ponto levado à última Assembleia Municipal se destinava apenas a votação.

Ainda que desvalorize a recente tomada de posição do PSD oliveirense – “não passa de um fait divers”, notou – António Lopes não deixa de aconselhar a equipa de António Duarte a “credibilizar a política, defendendo posições homogéneas e respeitando os órgãos democraticamente eleitos”. “É aos eleitos autárquicos do PSD que compete defender as posições do partido e não à sua Comissão Política por mais vontade que a mesma tenha”, clarifica.

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