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Presidente do Turismo do Centro avisa que estratégias municipais isoladas estão “condenadas ao fracasso”

 

A participar na conferência promovida pelo PSD oliveirense, o responsável alertou também para os perigos decorrentes de estratégias turísticas municipais isoladas.

“Um município mais do que fazer, tem que ajudar a dinamizar o setor”, afirmou ontem à noite o presidente do Turismo Centro de Portugal, destacando a importância de os privados não serem descurados na hora de se desenvolver uma estratégia turística para um concelho.

A participar na conferência /debate “Promover o Turismo, Desenvolver a Economia Local”, promovida pela Comissão Política de Secção do PSD de Oliveira do Hospital, Pedro Machado alertou para a necessidade de os município criarem “instrumentos” que minimizem os impactos da atividade junto dos privados e de se afirmarem como “um elemento ativo na captação de investimento”.

“É mais importante a requalificação do espaço público do que a tentativa de a Câmara Municipal municipalizar o setor do turismo”, referiu o responsável.

Do mesmo modo que entende que a uma autarquia não cabe fazer turismo, Pedro Machado alertou para o perigo de um município se cingir ao isolamento, na hora de definir uma estratégia turística. “Está condenado ao fracasso”, observou o responsável que não compreende como é que um município faz questão de pertencer a uma organização para questões de saúde e no que respeita ao Turismo prefere ficar isolado.

Num cenário de “globalização dos mercados e dos comportamentos” e em que o “turista de hoje é diferente do de há 20 anos” – “temos um turista mais exigente e mais informado” – Machado avisa que “não há nenhum município que por si só consiga fazer face à globalização e tenha capacidade de se afirmar”.

À frente de um destino turístico que no passado mês de fevereiro foi o que mais cresceu em todo o território nacional – “crescemos duas vezes acima da média nacional, o que é estimulante”, frisou – Pedro Machado considera que o Turismo Centro de Portugal segue no bom caminho.

“Se hoje ultrapassamos os quatro milhões de dormidas é porque o trabalho é no mínimo bem feito”, observou o responsável, tendo porém a lamentar a “falta de harmonia” que se verifica na região Centro com a existência dos pólos de turismo Leiria-Fátima e Serra da Estrela.

Duas realidades a que Machado chega a apelidar de “abcessos”, já que criam “fratura do território e descontinuidade nalguns produtos turísticos”. Uma situação que o responsável contava já ver ultrapassada em março, mas que espera venha a ser resolvida em breve, com a garantia de que tal não vai implicar perda de identidade daqueles territórios. “Mantêm-se as marcas e os produtos, reforça-se a estratégia e apenas se alteram as nomenclaturas”, frisou.

“Oliveira do Hospital, o concelho que mais cresce entre a serra e o mar… ainda será verdade?”

A questão foi lançada ontem pelo ex autarca oliveirense, Carlos Portugal, depois de ter feito uma retrospetiva ao trabalho que, enquanto eleito pelo PSD, desenvolveu em Oliveira do Hospital. Fazendo da ESTGOH uma das suas principais bandeiras, bem como a construção do Agrupamento de Escolas do Vale do Alva, Carlos Portugal elencou também as mais valias turísticas decorrentes da sua aposta no campo desportivo.

“O lançamento mundial do Citroen Shara foi feito em Oliveira do Hospital e tivemos nove horas de televisão e não pagámos um tostão. Se isto não é promover o turismo…” referiu o ex autarca que, deixando claro que o seu tempo como político em Oliveira do Hospital “já passou”, defendeu a agilidade das Câmaras Municipais e a necessidade de o presidente da Câmara pugnar pelo “desenvolvimento do concelho, independentemente de uns quererem e outros não”. “O que eu fiz foi jogar contra todos para que Oliveira do Hospital ganhasse prestígio e fosse um concelho onde valesse a pena viver”, referiu.

No comando da conferência/debate, a presidente da Comissão Política de Secção do PSD realçou o “valor económico inestimável” que o setor turístico encerra e a necessidade de as “entidades responsáveis promoverem essa riqueza E criarem condições favoráveis ao crescimento de projetos inovadores”.

Num olhar pela realidade concelhia, Sandra Fidalgo elencou as lacunas existentes na área turística e, em particular, naquilo que deve ser a atuação do executivo municipal.

“Observa-se falta de estratégia e de apoio ao turista no concelho”, frisou a responsável, notando ainda a ausência de roteiros e até de um observatório de Turismo.

Considerações feitas na Casa da Cultura César Oliveira, cuja ocupação ficou muito aquém, havendo a registar a reduzida plateia que ontem assistiu à iniciativa dinamizada pelo PSD de Oliveira do Hospital.

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