A decisão foi tomada pelo presidente da distrital de Coimbra, Pedro Machado, e surge em consequência de vários militantes do partido terem integrado, nas últimas eleições autárquicas, listas do movimento de eleitores independentes “Oliveira do Hospital Sempre”, que foi encabeçado pelo ex-líder local do PSD, José Carlos Mendes.
Este processo, estende-se ainda às concelhias do PSD de Figueira da Foz, Coimbra e Pampilhosa da Serra.
Em declarações ao diário As Beiras, Pedro Machado afirmou que o processo está prestes a dar entrada no Conselho Jurisdicional do partido, sustentando que “as certidões requeridas aos tribunais comprovam a presença física dos militantes em outras listas contra o PSD e isso configura uma violação grave dos estatutos que naturalmente resultará na sua expulsão”.
Um dos destacados militantes do PSD que poderá estar nesta situação é o candidato à presidência da Junta de Freguesia de Oliveira do Hospital, António Faria, que apareceu como cabeça-de-lista do movimento de eleitores independentes “Oliveira do Hospital, Sempre”.
Segundo referiu também àquele jornal o sucessor de Mendes na liderança do PSD de Oliveira do Hospital – Nuno Tavares Pereira entrou em rota de colisão com Pedro Machado – esta decisão da distrital constitui um “erro”, pois – conforme revelou – “se querem que o PSD seja poder em Oliveira do Hospital, assim vai ser mais difícil, porque estão a criar mais divisões”.
Na óptica do ainda presidente de uma das maiores secções do partido a nível nacional – Tavares Pereira também já veio a público pedir a cabeça do líder distrital –, “quem é responsável pela derrota do PSD nas autárquicas é a distrital”. Pois, segundo afirma, se o PSD tivesse homologado a candidatura de José Carlos Mendes “tínhamos ganho”.