A cerimónia que o executivo oliveirense desencadeou, no último sábado, na freguesia de Seixo da Beira para o lançamento de várias obras e atribuição de dois lotes no Polo Industrial da Cordinha não caiu bem junto do ex-presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital.
Aproveitando o esclarecimento apresentado por José Carlos Alexandrino, em reunião pública do executivo, relativamente às forças políticas que não compareceram à cerimónia – “não me referi a vocês, referi-me a responsáveis da freguesia que tinham essa obrigação e que sempre se queixaram”, explicou o presidente da autarquia – o agora vereador do PSD criticou aquela ação, por entender que “estes números políticos já estão ultrapassados”.
“A Câmara Municipal aprova aqui obras e vai-se fazer o quê para a freguesia de Seixo da Beira se quem está a desencadear a obra é a autarquia?”, questionou Mário Alves que, nas últimas eleições autárquicas, assistiu também à derrota laranja naquela freguesia.
Manifestamente contra a ação desenvolvida pelo executivo de Alexandrino, o social-democrata defendeu ainda que “é preciso mudar a maneira de fazer política”, porque “o povo está cansado destes números políticos”.
E, a propósito do esclarecimento apresentado pelo presidente da Câmara, Mário Alves garantiu que caso tivesse sido convidado para a cerimónia, não compareceria.
Ao que Alves apelidou de “número político”, José Carlos Alexandrino preferiu chamar de “proximidade com as populações”. “É prestar contas do que se está a fazer em prol das freguesias”, defendeu o autarca eleito pelo PS, garantindo que semelhantes iniciativas decorrerão, em seguida, em Nogueira do Cravo e Aldeia das Dez e, posteriormente nas restantes freguesias.
Ainda em resposta ao reparo de Alves, o vice-presidente da autarquia, José Francisco Rolo afirmou que “o povo (de Seixo da Beira) cansou mas é do que lá não foi feito durante anos”.